COISA DE DOIDO
Atendendo a inúmeros pedidos (de minha mãe e uma poderosa anônima), publico a segunda parte da entrevista com a consagrada psicanalista Sigmunda Fuad, recentemente no Brasil:
- Dra. Sigmunda, conte-nos um pouco sobre a sua formação acadêmica.
- Cara Dolce Vita, estudei na Universidade de Paris (USPA), onde cursei e me pós-graduei em História, Artes, Filosofia, Ciências Sociais e Psicologia. Durante minha especialização em Psicologia Clínica, tornei-me uma fiel colaboradora de Pinel e Charcot para questões surrealistas e irrelevantes.
- Paris é também importante em sua vida afetiva.
- É verdade... foi lá que conheci meu primeiro marido, um encanador austríaco. Se estivesse no Brasil talvez intuísse que entraria pelo cano com ele, mas na França não me pareceu que sofreria com detalhes hidráulicos. Entretanto, graças a este casamento, fui morar em Viena, cenário do meu primeiro romance: "Volta Hemengarda, nem tudo é mentira!", inspirado em uma visita que fiz à casa de Freud.
- Fale-nos de sua passagem por Zurique.
- Após meu divórcio, fui para Zurique tentar escrever meu segundo romance. Mais uma vez, quis o destino que minha inspiração surgisse depois que visitei a casa de Jung. Assim nasceu: "Perdi o senso, mas nunca a vaidade!".
- Seus romances tiveram repercussão internacional.
- Sim. Foram traduzidos e publicados em quarenta e cinco línguas mortas. O mercado editorial analisou meu sucesso como um fenômeno de ressurreição idiomática.
- A senhora foi para a Índia e sua vida tomou rumos bem diferentes.
- Realmente. Na Índia posso dizer que me encontrei afetiva e profissionalmente. Casei-me com um padeiro finlandês e nunca mais comi o pão que o Diabo amassou! Por outro lado, ouso afirmar que revolucionei a Psicanálise, ao criar o método de eletroterapia analítica de choque profundo e irreversível. Basta uma única sessão, solucionando de vez o problema do alto custo da análise.
- Para encerrar esta entrevista, qual o preço que se paga pelo sucesso?
- Dor nas costas! Minha cara, o que eu recebo de tapas nas costas, dos meus ardorosos fãs e leitores, é impressionante! E você sabe, na menopausa, meus ossos já não são mais os mesmos.
- Foi um enorme prazer e uma honra indescritível entrevistá-la.
- Eu acredito.
(*) Imagem: Google
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