Cortiça, o Casca Grossa 1 - Político e Tanajura

O filho de nosso amigo Cortiça passou no concurso da antiga Caixa Econômica Estadual e tomou posse lá onde o vento faz a curva, no umbigo do Judas...

Menino novo, despreparado pra vida; Cortiça preocupado, cidade com fama de terra de gente brava. Aciona todos os amigos influentes por telefone, bilhete, recado, pai-de-santo, sinal de fumaça...

Pronto. O menino é transferido para a cidade. Logo que se espalha a notícia, um político daqueles mais oportunistas chega para o nosso amigo e diz:

_Você viu, né Cortiça? Todo o esforço que nós fizemos para trazer seu menino para cá. Valeu a pena, mais um cidadão que volta para a nossa cidade. Espero que nas próximas eleições vocês se lembrem disto!

Cortiça, fanho e burro, que sabia que o tal não tinha movido uma palha para tanto, tascou:

_ Cê ta pensano que eu sô tanajura, que ocê infia um toco de pau na minha bunda e eu abro as’asa e saio fazendo barúio? Cê vai tomá sal pro rabo!

~8~(Exdrúxula Extranha) ~8~

*"O medo é a sombra alongada da ignorância". (Arnold H. Galsgow)