PEDRO MALAZARTE NO BALANÇO DAS ONDAS DO MAR
Pedro acordou disposto, numa manhã nublada. Coisas de Pedro que ao abrir a janela de seu casebre, foi logo olhando e viajando no barulho das ondas do mar e dizendo para si mesmo:
__ Sei que tu me chamas, meu amigo mar. Deixa que no entardecer eu vou contigo, viajando na minha canoinha pra bem longe, onde o maior cardume de peixe me aguarda, não pra eu pescá, mas pra cada peixe pular pra dendtro da minha canoa. Obrigada meu mar!
E assim foi. ao entardecer Pedro pegou sua canoa e remou mar adentro, sumindo na imensidão do mar. Seus vizinhos começaram a ficar preocupados com o sumisso de Pedro que apareceu dias depois, muito estranho, mas com a canoa abarrotada de peixes que lhe render um bom dinheiro por um bom tempo.
Acontece que numa tarde de sol, Pedro ia passando, ou seja, andando pela calçada, balançando como se estivesse em alto mar, feito onda, pra lá e pra cá. Um vizinha, dessas coviteiras, lhe perguntou:
__ O que que é isso home de Deus, que desde que vortasse do mar tens andado assim?
__ Assim como? Perguntou Pedro.
__ Ah, balançando que nem um pingussa. Tas bebendo é?
__ Eu não, larga disso Mariquinha. Isso é porque passei muito tempo no mar e acabei agarrando esse costume.
E Mariquinha foi logo respondendo:
__ Ah é... Larga de sê bobo home, porque se fosse assim, eu que tive 11 filho, andava requebrando a minha cintura pra frente e pra tras, pra frente e pra tras, pra frente e pra tras...