A Entrevista

Um importante jornal da capital convoca a dois cândidos a prefeituros. Os mais citados pela populância neste estado das federativas unidades nacionalesca.

Na redação: povo! Povo! Estão chegando, mas muito dos cuidados, são de oponências e suas polis, avizinhadas.

Quando o doutor Joacenildo e o tenente coronel Francinovaldo adentram à dos tapetes rubros, logo percebem que teriam que subtrair... Luzes de suas pomposidades? Entrementes o entrevelo, tanto querer nas atenções, os dois, assim juntim se antecipam as perguntações, até olvidando fotografo e jornalista.

Observâncias necessárias: consta nos arquivos da imprensa que as duas sujidades foram colegas em única classe, escolinha ruralíssima, lá na infância.

Joacê – É verdade que na cidade do colega foi implantado um pompado irônico? Com lírica eleiterocente?

Francí – Sim, e estou muito satisfeito. Buenduras a parte, desde os tempos de guri que sou litúrgico das circunstâncias.

Joacê – É verdade! Acordando-me de umas remembranças... Em tempos de nossas fustidigitações mais campeiras, era o companheiro o que mais aducilado repartia a bem de si.

Francí – Sim, mas era lindo! As duas famílias e populâncias se emocionando com as primeiras artes artifícios de seus pimpolhos. As vindouras prometidas de seus meninos eram de muita garantia.

Joacê- É verdade! Mas cá, eu tenho muito que revelar. Painsubiáçaba é hoje uma evanescência, entre todas, a mais lindatroiana da região. Já Belinalícia é por demais das contemplações e - Assumo o Lucro.

Francí – Sim... Não! Mas que mal me consta é por algo de cardinalício ou declínio das más línguas... Ou vossa Meca é pra lá das piadosas orações?

Joacê – A insinuância é calúnia. Depois de comprar umas titulações e faixas, percebi uns investimentos. E sobre os privados, lucrei e alguém guardou inveja. Que mal há nisso, diz aí meu colega?

Francí – Andei visitando a narrativa que corre das bandas e por solidário, eu hoje, apenas avento. Obre o precursor desses espólios que o amigo adiciona. Tudo, bem se vê, tem de herança de seus primários.

Joacê – Que me perdoem os berlinalícios, mas em Painsubiáçaba não há ninguém mais escandinavo que eu: sou seguro dos fatos e o pleito está no prato!

Francí – Mas come primeiro quem mais voracidade tem!

Joacê – Eu me sobro em apetites e minha particular metrópole tem grandura de fundamento. Ali só reside quem for bem nas provas dos noves e outras quisilas.

Francí – Berlinalícia é conhecida das mais sestrosas e de seu povo sou polvo-mestre e, na arte da fuga ficamos de tribo para a peleja. Mas somente quando convêm, verdades que já aventava meu tétrido-avô.

Joacê – É verdade. Escurecido de fama não se soube de igual. Nas tangencias, cinzento dos artifícios, gerou mesmo que por indiretrizes, o nobre Coronel.

Francí – Acho que a prosa está seguindo por pesaroso caminho. Que bem me escute (cochicha ao ouvido do companheiro), esse do microfone e o das fotografias, diz aí compadre: é boa? Mas somente nos convéns...

- Mas que raio de língua é esta? Pergunta o desconcertado fotografo ao jornalista, enquanto observam, atônitos, os dois personagens de finíssimos repentinos silêncios se retirando apressados.

Djine Klein