O BOM MARIDO!!
O tic-tac do relógio incessante, olhos apreensivos.
Madrugada chegando quando eis que ele abre a porta.
Furiosa ela indaga a ele, - isto e horas de chegar e acrescenta
alguns pejorativos....
Com carinha de bom moço, voz mansinha, quase num sussurro
diz- querida eu posso explicar e não é nada do que esta pensan-
do.
Os olhos dela faiscam de raiva e aos gritos- Começa agora seu
cachorro.
É que os meninos do escritório sairam para uma despedida de sol-
teiro do Nelson e quis ser solidário.
Quase voando no pescoço dele, -E você fala assim seu filho da
mãe!!
- Querida eu não sou traira, apenas, solidário.
- Poderia dizer qualquer mentira, mas escolho a verdade.
Sem reação ela sai bufando, batendo a porta e ele vai atrás.
Entram no quarto, ela se deita e ele tira a roupa, suado e feden-
do a alcool se deita na cama.
De repente ela o olha e ve a mancha roxa no pescoço, um chu-
paço.
Começa novamente a discursão.
-Seu desgraçado, que é isso no pescoço, hein seu malandro.
-Há, isso é porque fui vítima.
-É vitima de alguma vagabunda....
-Poxa, querida como você é esperta, como adivinhou...
Descontrolada ela se levanta, abre o armário pega uma muda
de roupa e sai em direção a casa da mãe.
Aos prantos toca campainha e a mão, pai, cachorro e piriquito
vem ao seu encontro.
A safadeza do marido já virou dramalhão mexicano.
Dias depois eles se encontram, conversam e se entendem.
No fim ela chega a conclusão, pobrezinho não que ele seja
um mal carater, mas o mundo é uma ameaça à pessoas como
ele.
Todos possuem vocação para algo, mas infelismente muitos
dependem de migalhas para não aceitar a solidão como um
estágio de aprendizado e evolução.
sallita