Piadinha
PIADINHA
A moça Jilue Cirthse, agora estava feliz. Havia terminado a faculdade de Direito Estácio de Sá, tinha passado no exame OAB e novos horizontes a esperavam. “ALIA JACTA EST”, Começou a procurar serviços. Primeiro no Rio, onde tinha se formado. Labutou, labutou, mas não conseguiu nada. Desesperada muda-se para São Paulo. “O Rio é terra de bandidos, ninguém quer ser defendido nesta bosta de cidade!”. Comentou no terminal rodoviário com uma amiga. Com a bolsa cheia de cartões de endereços começa a procurar na Avenida São João. Perambularam dois dias e nada. O dinheiro estava chegando ao fim. Ao passar por um circo no Anhembi, viram um cartaz, “precisa-se de empregados”. Resolveram chegar ali. A primeira moça, quando era menina gostava de fazer performances de ginasta e balé. “Porque não escolhi esta profissão!” pensou Jilue.
-- Pois, não! – atendeu-lhes um senhor de idade.
-- Somos do Rio de Janeiro e procuramos emprego! – disseram juntas. O homem as achou muito bonitas e começou a explicar o serviço para ver se elas topavam.
- O Serviço para a qual as contratarei é muito difícil. Por isso quero deixar claro, quase ninguém fica!
- Vejamos! – disse uma das garotas.
- É o seguinte: Em cinco dias vocês terão que aprender a andar no arame para fazer o número O PRECIPÍCIO, que é o principal número de nosso circo. No fundo do precipício existem macacos ferozes, leões e crocodilos.com o tempo você passarão cada vez mais perto das feras. É perigoso, por isso pago bem!
Não tinha outra alternativa elas toparam. Em pouco tempo já estavam passando bem próximo das feras. E o circo estava sempre cheio. E um empregado do circo invejoso começou a chacoalhar cada vez mais o arame para derrubá-las na boca dos animais famintos.Um dia Jilue não suportou e caiu mas conseguiu se segurar com as mãos. O Circo ficou todo de pé. Meu Deus! – disseram os espectadores. Jilue passou na boca de um leão que gritou:
- Não se apavore não, Jilue, eu sou o Tonho, conheço você lá do frigorífico, sou formado em Direito pela Faculdade de Jacarezinho!
Theo Padilha, 13 de fevereiro de 2009