Ei Cumadi..
Cumadi, vou conta proçê, em segrêdo, a minha lua de mer..
Nóis bem casou, o Zico mais eu, e cumu num dava pra nóis
drumi na roça do pai mais da mãe,resorvemo pegá a traia e
passá a primeira noite lá no ranchinho, que prepararam cum
carinho prá noite nipicial. Ganhei da muié do seu Juaquim do
bar, uma camisola de dá gosto de tão bunita.
Na cirimônia do casamento eu só pensava na hora de visti a
camisola pro Zeca. Imaginava um sonho de noite, pruque eu
era virginha da sirva, me guardei pro meu noivo. Zeca jeitou
as coisa na carroça, e eu de zóio na malinha que levava a...
beleza da camisola, doida prá chegá. Ei cumadi, começou a
chuviscá uns pingo grosso, e a chuva chegou de dá mêdo.
Zeca parô a carroça prá cubrí as coisa, e ficou zoiando prá
mim, muito isquisito. Num é que veio pra riba de eu, e.....foi
lá memo que conteceu. Priguntei prá êle- então é só isso?
Me zoiando de lado falou, oçê quiria o que muié de Deus?
Chorano rispundi- eu quiria visti minha camisola proçê, mais
agora perdeu a graça, num é verdade cumadi?
SANTOMÉ