MAIS UM "CASAL DE TRÊS!

Num final..." a três"?

Ou minha ficção está poluída...demais?

E pensam que é só com mudanças ortográficas que se tenta transformar o universo real e fictício da humanidade?

Imaginem!

Faz uns poucos dias que postei ao recanto um ensaio sobre a temática de enredo da novela " A favorita", cujo autor resolveu finalizá-la dentro dum contexto psicológico, e eu deixei expressada minha curiosidade com o último capítulo que irá ao ar hoje a noite.

Mas como não pensei nisso antes?

De fato. Os intrincamentos de paixão, amor e ódio, me parecem que têm os dias de violência contados, e não só nas obras de ficção! Acabaram as guerras , ao menos as do coração.

Ultimamente as "novelas da telinha" tentam nos enfiar goela abaixo os já tão antigos "casais de três" dos seus horários nobres.

Afinal, tá certo: Vale tudo pelo amor e pela paz, e não apenas nos relacionamentos.

Observem que os tais casais já polemizaram a última novela "Duas Caras", no tema de revolução antropológica instigada pela telinha- "um casal de três", com filho e tudo-e que já foi motivo de inspiração de um dos meus textos.

Mas a Favorita parece que exagerou na dose.

Nasce uma criança e os dois pais comemoram juntos. Aliás um dos pais que por pouco seria a segunda mãe! Virou o disco da sexualidade...na hora H, mas à revelia! Ainda não sei se foi muito criticado por tamanha transgressão, essa do "retorno". Vem bronca por aí, podem apostar!

Tudo pela família, tá certo, também concordo. E disputou direitinho a aflição e a emoção da grande hora...a de ser pai!

O prefeito traído e o amigo traidor também dividiram aquela também "ultima hora", a do adeus da mulher que dividiram e que os dividiu. Disputaram para ver quem chorava mais. Quando ela se foi, ambos voltaram a ser um só! Que alívio! Mas percebi que sentiram -se meio vazios...

" Que bom que na telinha alguém escreve e determina os fins que melhor preenchem os vazios narcísicos".

Mas tem gente que é azarado por natureza (ou sortudo, sei lá-depende da ótica! e liberdade de optar ainda é possível, ou não?).

E olha, acho que eu nunca vi alguém mais azarado ou mais teimoso ou mais MODERNO que aquele prefeito.

Isso, moderníssimo! Saída pela tangente!

Mas afinal, ninguém tem absolutamente nada a ver com essa minha problemática, que não é temática! A de ainda ser adepta dos velhos costumes.

O prefeito que nem bem saiu dum casal de tres... pumba! Novamente já entrou num triangulo amoroso com o psicopata do campo.

Disputam quem é o mais generoso com a mulher que dividem, E QUEM MELHOR IRÁ CONFORTÁ-LA ASSIM QUE DEIXAR O XILINDRÓ!

Mas não é muito homem não, para a já tão grande maioria estatística das mulheres? Ah já entendi, será que telinha luta pelo equilíbrio natural da espécie, e tenta determinar os mais indecisos, digamos, para a união e multiplicação dos gens?

E como não bastasse a apologia do número três, aliás será que é crença numerológica dos autores da telinha?), agora o súbito reencontro de Flora, que surpreende,em plena lua de mel, o casal Donatela e Zé Bob, com uma farta mesa de café da manhã, depois do exaustivo e monótono "rala e rola" a dois! Muito de praxe para a telinha!

A onda mesmo seria uma lua de mel a três...para mais um finalíssimo e inesperado casal de três!

O tal tema ficou repetitivo demais! Que falta de criatividade!

Podem fechar as cortinas, que eu não me surpreendo com mais nada!