El sombrero/ O indio e os sobreviventes
Do tempo das diligências
Tarde quente naquele vilarejo mexicano às bordas do deserto de Sonora. Todos os habitantes do lugar, reunidos na igrejinha para o ofício vespertino. Entrando pela única rua, levantando o pó do chão crestado pelo sol, um mexicano típico das forças de Zapata. Umabandoleira de balas atravessada no peito, um rifle na mão direita, e um violão atravessado nas costas. Desmontou defronte a igreja, chutou os cachorros, cuspiu um pedaço de fumo mascado na calçada e entrou. Os fiéis, desde o fundo da igreja começaram a sussurrar:
- Señor, el sombrero!
Ele avança, destemido e de olhar duro, e à medida que vai se aproximando do altar ouve mais vezes:
- Señor, el sombrero! Señor, el sombrero!
Chegando no altar, encara o padre, deposita o rifle nos degraus, volta-se para os fiéis, e pegando o violão anuncia:
- Atendiendo a los inúmeros pedidos de usted, yo voi a cantar :
"EL SOMBRERO"
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No meio da selva amazônica, um pequeno avião levava tres pescadores quando teve uma pane e caiu. O piloto morreu e os tres pescadores, um médico, um mexicano e um palhaço, passado o susto inicial resolveram seguir um rio próximo na tentativa de encontrar alguma ajuda. Depois de algum tempo caminhando, chegaram a uma clareira onde estava um índio. O médico então disse: vou tentar falar com esse índio e foi logo dizendo:- Mim médico, mé-di-co. O índio aparvalhado viu então chegar o mexicano dizendo:- Mim México, mé-xi-co, e o palhaço aproveitou para se identificar: Mim cômico, cô-mi-co. O índio então saíu correndo gritando: Mim salva cú, mim salva cú.