Noite solitária.
Nada mais me restava a fazer, a não ser esperar e torcer para que a noite passasse.
Os ponteiros do relógio pareciam girar ao contrário as horas não passavam e a angústia de não te-lo comigo, me tomava por inteiro.
A noite se fazia mais fria naquela triste solidão em que eu me encontrava, e olhando ao meu redor não o vi, e as boas lembranças me vinham, lembranças de noites que junto a meu corpo me aqueceste, e me fizeste feliz.
Lembrei-me de quantas foram ás vezes que no tapete da sala estavas comigo, ali sobre meu corpo, me aquecendo.
Você tão belo e macio, agora estava tão distante de mim, me fazendo sofrer, sei que não por culpa sua, mas mesmo assim estavas ausente.
O vento fazia um ruído forte ao se chocar contra a vidraça da janela, e eu ali sentindo o frio percorrer meu corpo e a sua ausência a torturar minha noite.
A madrugada então chegou, com muita demora, mas finalmente estava ali, e eu sozinho sem você junto de mim, com frio.
E com a chegada do sol, clareando e aquecendo mais um dia, me levantei e jurei a mim mesmo que nunca mais eu iria sair de casa para dormir fora sem te levar comigo, meu adorável, amado e estimado COBERTOR.