JIRAU DIVERSO N° 24

JIRAU DIVERSO

Nº 24 – fevereiro.2008

por Enzo Carlo Barrocco

A POESIA AMAPAENSE DE ALCINÉA CAVALCANTE

O POEMA

ESPERANÇA

Há de chegar o dia

em que descobrirás

que a ternura é azul

e o amor

tem as cores do teu sonho.

Neste dia

eu estarei à tua espera

com as mãos

cheias de arco-íris.

A POETA

Alcinéa Cavalcante, amapaense de Macapá, poeta, cronista e jornalista, no convés da fragata desde 1956, até agora tem dois livros publicados (“Dez Poemas” e “Estrela Azul”) e já participou de várias coletâneas e antologias. Como jornalista, Alcinéa é uma incansável denunciadora dos desmandos dos políticos do Estado do Amapá sendo, inclusive, processada por alguns deles. Mas Alcinéa não se cala e leva, brilhantemente, sua luta adiante. Avante Alcinéa, bela voz da poesia amapaense!

ESTANTE DE ACRÍLICO

Livros Sugestionáveis

O Paraíso do Vira-bosta (ensaio)

Autor : Emil Farhat

Edição: T.A. Queiroz, Editor

Uma abordagem sobre os vícios e os viciosos do funcionalismo que não estão só em Brasília, mas em todo o Brasil. A saga dos espertalhões que se ancoraram no serviço publico para fraudar o estado brasileiro.

O Canto dos Meus Cantares (Poesia)

Autor: Manoel Bispo Correa

Edição do Autor

O paraense Manoel Bispo Correa mostra uma poesia centrada no subjetivismo. Sua escrita, em alguns poemas, beira o cordel evocando a rima e o ritmo peculiares daquele gênero. É a poesia do norte do Brasil fazendo-se notar.

Os Palmitais (Romance)

Autor: Sant’ana Pereira

Edição: Editora Cejup

A ganância das grandes empresas da Amazônia é contada neste romance que veio a propósito, já que a devastação impera neste pedaço do Brasil sem que ninguém tome providências.

A FRASE DI/VERSA

Não me faças sonhar... que meu sonho transborda!

Eu sou bem um boneco a quem se dando corda

não se pode deter.

Giuseppe Ghiaroni (Paraíba do Sul 1919) poeta e jornalista mineiro

DA LAVRA MINHA

O SÚBITO VÔO DA PIPIRA IMPRUDENTE

Enzo Carlo Barrocco

O gato sobre o muro

observa a pipira incauta

no galho da papoula.

Sombras no quintal,

um vento,

a um canto garrafas emborcadas.

Um velho poço à esquerda,

roupas no varal,

o súbito vôo da pipira imprudente.

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Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 08/02/2008
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