Paródia Noelina
Quando eu morrer
não quero choro nem vera,
quero uma tinta amarela
borrada com o nome cela.
Se existe calma,
se há outra enganação,
eu queria que a amada
trapaceasse o meu quinhão.
(trapaceia, trapaceia).
Não quero andores,
nem garoa no meu pinho,
só quero riso de falsas,
solidão e camarinho.
Os meus inimigos
que hoje já se esqueceram de mim,
vão desdizer que nunca riram
de uma pessoa tão tola assim.
Não tenho herdeiros,
não consumo um só desdém,
eu vivi horrendo a todos
e nunca mordi ninguém.
(quando eu morrer).