O TERROR DE 11 DE SETEMBRO - 20 ANOS

Um texto retratando terror e morte não é algo que ninguém gostaria de escrever, certamente. Dentro de nós existe uma alma imortal e eterna que nos leva a um profundo padecer quando perde-se alguém para a Dama da Foice, principalmente quando de maneira covarde e cruel, como em 11 de setembro de 2001.

O mundo chorou a morte de muitos inocentes nas Torres Gêmeas de Manhattan.

Em março de 2015, fui a New York e visitei o World Trade Center Memorial. Foi possível sentir o pânico, o pavor das pessoas que ali sucumbiram e dos que sobreviveram àquele dia fatídico.

O lugar hoje abriga o Memorial de 11 de setembro, formado por duas piscinas gigantes, localizadas no exato local onde se encontravam as Torres Gêmeas destruídas nos atentados.

Uma fina queda d’água de dez metros faz uma cachoeira artificial e no parapeito, estão escritos em bronze, os nomes das 2.983 pessoas que morreram nos ataques.

Ler os seus nomes no mármore negro e aquela queda d'água em direção a um buraco que a vista não alcança o fim, é uma perfeita tradução arquitetônica da morte que impregna aquele lugar, apesar do que se constrói no entorno, para mostrar que a vida segue o seu curso e que nada derruba a grande Nação americana.

Entretanto, a grandeza e a beleza das novas construções não apaga o vazio e a dor dos que sobreviveram ou morreram naquele momento.

O dia 11 de setembro de 2011 ficou para trás, mas a cada ano o terrorismo é mais presente no mundo.

A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos. Se os líderes lessem poesia, o mundo não conheceria guerra. "Matança como solução é o reconhecimento da incompetência da razão".

E por derradeiro, Thomas Hobbes ajusta os meus sentidos com a sua afirmação: "O homem é lobo do homem".

Setembro, 11/2021

Manoel Rocha Lobo
Enviado por Manoel Rocha Lobo em 15/09/2021
Código do texto: T7342549
Classificação de conteúdo: seguro