ROQUE COSTA SANTANA
ROQUE COSTA SANTANA.
Há 12 anos na Casa do Senhor.
Não há luz que acenda na lembrança que não vá buscar sua origem no coração, pois é ele que dá vida aos sentimentos...
Ainda que o tempo passe enevoando a minha memória, esforço-me ao máximo para que a historia de Roque não seja esquecida, sem apreciação crítica sobre o valor dos seus feitos.
Lembrança não morre, apenas adormece na alma da gente...
A máquina do tempo que nos puxa pra traz chamada memória é a mesma que nos leva pra frente chamada sonho, que serve de remédio para ativar a lembrança onde mora a saudade...
Deus nos dá o dom de eternizar em nós o que vale a pena e a gente decide o que vai ser eterno em nosso coração. Eternizar Roque Santana não é guardar a sua fotografia na parede e sim viver com saudade as lembranças e registrar a falta que ele faz.
Há12 anos Roque deixou o mundo físico e eu continuo fiel à sua memória e aos seus ensinamentos, sobretudo àqueles que não permitem transigir...
Ninguém pode apagar a chama da saudade, que fica maior quando a nossa alma reclama o reencontro e o Céu não permite que o ente querido desça para nos abraçar...
A sua lembrança me faz mergulhar no passado, não com melancolia, mas com sabedoria e maturidade para projetar no presente, aquele aprendizado eficaz que não se perdeu porque Roque nunca fica longe da gente; - não sepultamos a lembrança.
Tudo que trás lembranças vira saudade... Só não temos saudade da triste noite de 16 de novembro de 2009, pois não se pode ter saudade da partida...
Roque vive e não morrerá enquanto seus filhos dizem aos seus netos quanto o amavam e sentem a sua falta. Fica então a saudade de quem não pôde ficar, mas viveu a sua lenda pessoal, cumpriu a missão que lhe foi dada e deixou como legado a sua impagável marca de bom irmão, pai amoroso e marido apaixonado.
Por todo o sempre será lembrado, mas nunca substituído, pois o seu destino genético de ser humano é único: Roque achou seu próprio caminho, viveu sua própria vida e morreu a sua própria morte.
Fica a lembrança, a saudade e sua história.
Valeu, Cunhado, mais um ano na Casa de Deus !
Manoel Lobo.
Bahia, 16/11/2021