Mulher Catarina

Mulher Catarina,
mulher de hoje,
que caminha tão só,
diante do mundo,
que dela,
nem um dedo tocou
para construir os
palácios de solidões
e levantar desativas feridas!

Mulher Maria
de dois nomes,
duas roupas,
uma sentinela,
um par de chinelas,
escorrida de mel,
aventada de pêssegos,
ardida de sol ameno,
ruivosa e criada dentro
do tal desejo!

Maria
se nasceu em mim
sonha com o lá,
onde fica o infinito,
mas não chora,
de partir antes,
por força dos esquisitos,
que dão o nome de adorno
a minha solidão particular.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 08/03/2021
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