Caipora e Caiporinha

O estafeta do Paço, sai de Salto e chega a Capital,

Queria ser atleta, casar com Ilhete e se tornar o tal.

O caipira de 12 anos, no campo de terra, virou caipora,

Começou a vender sapato, chinelo e até espora.

Foi trabalhar no Ibecc, Fazia limpesa e cuidava do café,

Varria corredor, escritório, calçada com muita fé.

Trabalhava na contabilidade, e passou a ser almoxarife,

Trabalhou também R.H., foi gerente, e na Funbec fou xerife.

Começou a brincar no campo de terra do Bonsucesso,

Jogava pouco, dava pontapé, e teve algum sucesso.

Entendi que bola não era a minha praia, e sim mulher,

Era como tomar sopa com garfo, e sim de colher.

O bom de bola em casa era o Caiporinha,

Chegava antes, junto e depois, e jogava sua bolinha.

Chegou a jogar no time de Ouro do Bunsucesso,

No primeiro, jogava Vicente, Da Guia e Caio com sucesso.

Conhecí Moreno, jogava bola e era monstro na escola,

Tocava a bola, de primeira, um craque como Mazzolla.

No meio de campo camissa 10, toque refinado e de primeira,

Foi para a Seleção, e foi reserva Ademir da guia no Palmeiras

Bossi
Enviado por Bossi em 02/12/2019
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