Cinquentenário Beletrista - UFMG

Ouve: e o grande dia houve. E como aprouve...! Celebramos o cinquentenário de nosso ingresso no beletrismo da Universidade Federal de Minas Gerais. Tudo se deu no Amadeus, restaurante self-service da rua das Alagoas, com Santa Rita Durão, se me não falha a recordação da precisa localização.

O trabalho percuciente dos mestres Márcio Amorim e Teotônio Marques de arrebanhar adesões à efeméride valeu, e frutos rendeu, sem a abundância e a garrulice daquele iniciozinho do ano de 1969, em que devíamos andar pela casa dos trezentos, contados os aspirantes aos diversos diplomas, de Português, Inglês, Francês e até o meu Alemão... Reunidos ali no Amadeus sobre todas as coisas, beirávamos a dúzia, contados os respectivos consortes, e com mais sortes...Mas valeu, e como valeu...

Embora a lista de presenças não tenha sido disponibilizada - ainda, por parte dos zelosos organizadores - o certo foi que demos no quorum, quorum privilegiado até, proporcionado por um reencontro que evocava e até mesmo quando se equivocava, tão boas lembranças suscitava e ressuscitava...e até alguma paixão antiga se reinflamava...dos excitantes textos de Ferdinand Saussure, as pernas universalmente admiradas e cobiçadas duma certa Musa de Mutum...Coisas de se esgrimir, entre o linguajar e o linguagir...

Momento solene, bonito, foi quando o Professor Pereira de Souza, desembainhou sua potente arma - um discurso - e nos leu uma versão melhorada, personalizada de sua Oração aos Moços, com palavras e recordações afetuosas, feitas sob medida, para cada um dos presentes. Una lagrima sul viso seria descrição insuficiente para as caras com que nos defrontamos diante a impecável oratória de Luizito, o amigo de fé, irmão e camarada.

O Mestre Pereira Santiago, que veio das lejanas tierras de Paraguay para prestigiar o evento, ficou de traduzir o texto para o guarani, para o entronizar em forma de guarânia que seguramente será confiada à interpretação de Perla.

E se muito mais assunto rendeu a Assunta, Marie Oiguenia muss in Argentinien nicht mehr sein...

E com tantas Stellas Artois deixadas para trás, fomos desfazendo a tertúlia, já quase a desoras, e cientes que Rubião continuava de olho na majestade do Cruzeiro do Sul sonhando com sua Sofia, tomamos caminho de casa, com a certeza de que para a celebração do centenário estaremos todos lá. Ou cá...?

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 28/02/2019
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