A melodia do Luiz

"Tente passar pelo que estou passando...

Tente apagar este teu novo engano.

Tente me amar pois estou te amando...

Baby, te amo, nem sei se te amo..."

Luiz embalou os apaixonados com sua “Pérola Negra”.

Baby, é amor que resfolega o peito e rasga a alma de jeito.

"Se alguém perguntar por mim DIZ QUE EU FUI POR AÍ levando um violão debaixo do braço.

Em qualquer esquina, eu paro ..."

Mais paixão, impossível. O violão chora sem os dedos do seu dono. Eis que ele está por aí, entrando e saindo das ruas e becos do Estácio.

"Me chamam ÉBANO o novo peregrino sábio dos enganos, seu ato dura pouco tempo ,se tragando .

Eu grito, ébano. O couro que me cobre a carne não tem planos ...”

Um corpo emprestado à voz do morro, ao grito que não aceita se prender à garganta, ÉBANOOOO!

“Caminho, cantarolando a canção, sou PÁSSARO SEM NINHO vagueando o coração, fruto o rumo da água que desfaz na areia ondas de ilusão”.

Alma livre, mente solta, gaiola aberta, não busca ninho, só a estrada, sem rota.

Assim é o “Melodia”, falo no tempo presente porque as suas melodias estão eternizadas, e o Luiz continua a viver em cada voz que replica a sua, em cada gingado , em cada cidadão que desce e sobe as ladeiras da vida, em cada brasileiro que não se cala e que morde a mordaça que lhes impõem na boca e na alma.

Melodiosamente falando, LM, tu serás lembrado e cantado por muita gente ainda! E eu, com saudade, vou me despedindo por enquanto!

Voa, ébano! Lança as tuas gargalhadas pelo céu azul, mostra o teu gingado em meio às belas nuvens, do sul ao norte e do norte ao sul“!

“Sou peroba

Sou a febre

Quem sou eu

Sou um morto que viveu

Corpo humano que venceu

Ninguém morreu

Ninguém morreu

Ninguém morreu

Tabuletas

Grandes letras feito eu

Abundantemente breu...”!

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