Homenagem a Tontonha
A Deus
Nascera no auge da primavera
Uma flor entre as gigantes relvas
Uma espécie única e airosa
Admirada pela natureza
Às beiradas do Velho Monge
resistira à cheia e à seca
e vira o vento soprar seu odor
aos ares dos carnaubais
O vento que descera o mar
Carreara a flor à capital
e o sol da mata de pedras
mantivera a sua cor natural
Uma flor nobre de longas saias
Avolumadas anáguas e robusto gineceu
Uma flor feminina que encantara
a flor de bronco androceu
E no inverno nasceram flores
A cada década, ramos de Ramos
Era o pomar no Jardim
E o regozijo da flor
Em um verão Deus a colhera
para que não mais veja o murchar
Dormira então o corpo da flor
do passado mais que perfeito