Amigo Jandir
Hoje presto singela homenagem ao amigo, colega, grande parceiro que se foi, Jandir Nogara, através dos bordões que falava no dia a dia:
- admiro vós!, quando o assunto era-lhe
desfavorável;
- aí o cachorro comeu a corrente, quando alguém fazia algo errado ou
fora do razoável;
- oh! o pente, sacaneando com a mão;
- estou com a vó doente, sem dinheiro;
- nunca deu o guri quando era cu, sentido literal;
- oh! Fabião, referindo-se a mim, amigo querido;
- dá cinco para o cigarro!, não concordava que fumasse, mas
cedia e dava os cinco reais;
- valeu Fabião! quando ganhava os cinco reais;
- olha o pelo! para pessoa cabeluda;
- olha o pelo do bicho, ao qual respondíamos "o tamanho do
ticho";
- Ticho, era o apelido carinhoso pelo qual o
chamávamos.
Lembras quando o caminhão sem freio desviou nosso carro e matou os irmãos (irmão + irmã) na moto, na nossa frente... choramos muito!... juramos aproveitar cada minuto de nossas vidas dali em diante... e aproveitamos... Sempre ficamos curiosos por quê eles e não nós!?... Agora, creio, já saibas!...
E o dia que pintaste o cabelo com tinta barata! Fomos trabalhar na rua e choveu; tua camisa branca ficou preta e naquela tarde teu rosto ficou feito "Oreo".
Quando compraste bifes no açougue, passaste no boteco "bora tomá uma", e chegaste tarde em casa. Foste dormir... Acordaste com a esposa querendo saber dos bifes, pois na geladeira guardaras o cadeado do portão; os bifes dormiram na mureta em frente à casa onde moravas.
Querido ligeirinho, quinzista doente (torcedor do XV de Novembro de Campo Bom/RS), pai da Mana, do Quinzinho, esposo da Marina Lina, meu amigo; rindo como tantas vezes rimos dessas bobagens, teus "bordões", que até hoje repetimos por ti, espero que não caias da nuvem onde estás sentado aí em cima, ao lado do "Genésio Barbudo do Andar de Cima" (Jesus), como falávamos.
Eterna saudade... descansa em paz! Até breve! Mas que não seja tão breve assim, pois estou, como sempre, amando...
Pequeno poema em tua homenagem: "Star Night, Love Story, My Friend...".
P.S: - não tive coragem de colocar o algodão em teu narigão; essa fiquei devendo. Ganhei a disputa; desculpe, amigo meu...
Do poeta: - foi muito, muito difícil, mas saiu...