O IMPERADOR
Engenheiras e Engenheiros
Venho aqui me redimir
Não por um ato mal feito
Ou omissão em servir
Mas por imprevisibilidade
Que mesmo na minha idade
Não foi possível intuir
Do que falo todos sabem
E muitos também viveram
Uma trágica trajetória
De um homem em princípio ordeiro
Mas que assumindo a gestão
Mostrou-se um bobalhão
Na mão de um certo arteiro
Pensávamos estar mais próximos
Da correta regulação
Incentivos às entidades
E a tão sonhada união
O que vimos foi chocante
Que nem a um principiante
Cabia tal confusão
Saiu tudo ao contrário
A engenharia não teve foco
Veio política sem objetivos
Não pensávamos mais em bloco
Semeando o enfraquecimento
Pôs um grupo ao esquecimento
Desprezando todos os seus votos
Não foram poucas as vezes
Que tentou-se corrigir
Os rumos da empreitada
Que o mesmo quis construir
Fizemos reunião
Com metas e sugestão
Visando contribuir
Mas de nada adiantava
E começavam as bravatas
Com muitas frases de efeito
Que aos tolos impressionava
Chegou até sugerir
Querer resolver Haiti
Missão para magnata.
E não ficou por aí
A saga do companheiro
Que do rumo bem desfocado
Sem função é um cara maneiro
Mas tentou empurrar pela goela
Intercâmbio com a Venezuela
Aos nossos fieis conselheiros
Todos aqui me perdoem
Não quero pregar o rancor
Diante do grande delírio
Do conhecido “Imperador”
O que falei foi jujuba
E a viagem a Cuba
Que a plenária votou?
Cenas pra rolar de rir
Não fosse trágico o feito
Recurso escasso a fluir
Pela ação do sujeito
Houve até revoltado
Que como anônimo empregado
Tentou agredir o eleito
Nesta busca às vezes difusa
É nosso dever persistir
Sem medo ou submissão
Bons dias virão no porvir
Quando alguém que com retidão
Altivez, contumaz direção
Possa ao nosso CREA servir
Ciente não ser infalível
Por não ter a tal primazia
Do futuro poder contemplar
E prever a total harmonia
Reconheço e peço perdão
Nesse cara não votem mais não
E viva a DEMOCRACIA!
*Crítica ao presidente do CREA/PE