Preciso confessar que nunca tive uma namorada de verdade.
Vivo essa experiência agora.
Estou considerando superlegal.
Já paquerei, já namorei, já bingolei, já besliquei, porém namorar de verdade, conforme manda o figurino, essa é a primeira vez.
Minha primeira namorada seguia a moda clássica.
Literalmente namorávamos no portão.
A sogra me tratava bem, mas era rigorosa demais.
Certa vez eu cheguei para “bater o ponto”, minha garota veio sorridente, contudo, cinco minutos depois, a sogra colocou a menina para dentro.
Ela disse que era a hora da sopa, pois a filha estava meio febril.
Saí de fininho, pisando em ovos.
O sogro era um sujeito porreta, mas não puxava muito assunto.
O rigor era forte, qualquer descuido o facão apareceria.
Corri um grande risco de perder o bingolim (sem uso, pois esse namoro obedeceu ao jeito antigo, sem sexo).
Considerando que faz tanto tempo, não valeu.
Foi uma aventura rápida, a namorada pretendia me ver trabalhando, queria segurança, cobrava atitude, ela não soube esperar.
O tempo passou, beslicando aqui, ali, lá ou acolá, também provando muitas fases nas quais não pegava nem sequer um resfriado, o destino me conduziu a uma grande paixão (daquele tipo que arrebata a alma e embala os sonhos), no entanto nunca houve um namoro de verdade.
Faltou o portão.
Faltava o sogrão e a sogrona.
Senti falta do facão ameaçando o bingolim.
Aconteceram idas e vindas, não deu certo.
Agora, na fase atual, acredito que encontrei o que sempre almejei.
Minha namorada é fofa, bela e atraente.
Derrama inteligência e simpatia, mas o principal está nas entrelinhas.
Existe um sogrão valente que não hesitaria na hora de usar o facão.
A sogrona, mulher guerreira, também não facilita.
Hoje não é possível mais reviver o portão, porém os hábitos de minha namorada fazem a diferença.
Um dia desses estava conversando com os meus irmãos.
Ela ligou depois e disse que o telefone estava ocupado.
Eu falei que estava numa ligação, sem dar detalhes.
A princesa indagou:
_ Está de segredinho agora?
Questionou zangada, com firmeza, comprando briga.
Oba! Bacana! Sensacional!
Esse fato foi a prova dos nove tão necessária.
Minha namorada é a moça dos sonhos.
Tem ciúme, pega pesado e tem o apoio integral dos sogrões.
Tudo que eu precisava!
Se vai dar noivado, não sei.
Mas, quanto ao namoro, eu diria que está perfeito.
Vocês que não namoram, só fazem bingolar, não correm dos sogros, não cumprem horários, pensam que são livres...
Vocês não sabem de nada!
Namorar, à moda antiga (com alegres bingoladas), é a melhor opção do mundo. Somente assim pode existir uma namorada de verdade.
Vivo essa experiência agora.
Estou considerando superlegal.
Já paquerei, já namorei, já bingolei, já besliquei, porém namorar de verdade, conforme manda o figurino, essa é a primeira vez.
Minha primeira namorada seguia a moda clássica.
Literalmente namorávamos no portão.
A sogra me tratava bem, mas era rigorosa demais.
Certa vez eu cheguei para “bater o ponto”, minha garota veio sorridente, contudo, cinco minutos depois, a sogra colocou a menina para dentro.
Ela disse que era a hora da sopa, pois a filha estava meio febril.
Saí de fininho, pisando em ovos.
O sogro era um sujeito porreta, mas não puxava muito assunto.
O rigor era forte, qualquer descuido o facão apareceria.
Corri um grande risco de perder o bingolim (sem uso, pois esse namoro obedeceu ao jeito antigo, sem sexo).
Considerando que faz tanto tempo, não valeu.
Foi uma aventura rápida, a namorada pretendia me ver trabalhando, queria segurança, cobrava atitude, ela não soube esperar.
O tempo passou, beslicando aqui, ali, lá ou acolá, também provando muitas fases nas quais não pegava nem sequer um resfriado, o destino me conduziu a uma grande paixão (daquele tipo que arrebata a alma e embala os sonhos), no entanto nunca houve um namoro de verdade.
Faltou o portão.
Faltava o sogrão e a sogrona.
Senti falta do facão ameaçando o bingolim.
Aconteceram idas e vindas, não deu certo.
Agora, na fase atual, acredito que encontrei o que sempre almejei.
Minha namorada é fofa, bela e atraente.
Derrama inteligência e simpatia, mas o principal está nas entrelinhas.
Existe um sogrão valente que não hesitaria na hora de usar o facão.
A sogrona, mulher guerreira, também não facilita.
Hoje não é possível mais reviver o portão, porém os hábitos de minha namorada fazem a diferença.
Um dia desses estava conversando com os meus irmãos.
Ela ligou depois e disse que o telefone estava ocupado.
Eu falei que estava numa ligação, sem dar detalhes.
A princesa indagou:
_ Está de segredinho agora?
Questionou zangada, com firmeza, comprando briga.
Oba! Bacana! Sensacional!
Esse fato foi a prova dos nove tão necessária.
Minha namorada é a moça dos sonhos.
Tem ciúme, pega pesado e tem o apoio integral dos sogrões.
Tudo que eu precisava!
Se vai dar noivado, não sei.
Mas, quanto ao namoro, eu diria que está perfeito.
Vocês que não namoram, só fazem bingolar, não correm dos sogros, não cumprem horários, pensam que são livres...
Vocês não sabem de nada!
Namorar, à moda antiga (com alegres bingoladas), é a melhor opção do mundo. Somente assim pode existir uma namorada de verdade.
Minha namorada
Às vezes bem reservada
Outras horas enlouquece tarada
Dia e noite me aquece apaixonada
Suaves modos floresce, moça educada
A sogrona ama pagode, nordestina retada
O sogro, se meu bigode vacilar, dá porrada
Minha namorada pretende usar maquiagem bonita
Canção bem bolada defende, bobagem a deixa aflita
Não consigo mais o intenso sentimento sumir da vida
Com ela sigo, até penso um casamento assumir, querida
Às vezes bem reservada
Outras horas enlouquece tarada
Dia e noite me aquece apaixonada
Suaves modos floresce, moça educada
A sogrona ama pagode, nordestina retada
O sogro, se meu bigode vacilar, dá porrada
Minha namorada pretende usar maquiagem bonita
Canção bem bolada defende, bobagem a deixa aflita
Não consigo mais o intenso sentimento sumir da vida
Com ela sigo, até penso um casamento assumir, querida