A história da Guerreira Dona Lúcia
3 de dezembro de 1953 foi um grande dia
Uma data que teve bastante alegria,
Pois nesta dia Maria Lúcia nasceu.
E seus pais com muita emoção
Tiveram foi muita satisfação
No dia que ao mundo ela apareceu
Lúcia é filha de sertanejos guerreiros
Seus nomes: Pacífico e Otávia Medeiros
Duas pessoas de excelente coração
Pais demais batalhadores
Dois grandes lutadores
Deste nosso seco sertão
Lúcia, hoje é mãe e avó, mas já foi criança
Infelizmente teve uns atropelos na infância
Quando pequena, seu pai teve uma decepção
Ele, que era fazendeiro
Após perder todo seu dinheiro
Resolveu ir embora pra outra região
Juntou forças para recomeçar a luta
Pois não era homem de fugir da labuta
Em Planalto, na Bahia um posto foi colocar
A vida da família melhorou
Até que uns véiacos “lhe enganou”
E ele voltou a quebrar
Um sujeito com imenso coração
Não podia ter morrido cedo não
Quem conhecia Pai Cil, demais o admirava
Era um sertanejo batalhador
E com todo seu imenso amor
A todos, ele agradava
Mãe Vó, sozinha teve que recomeçar
Juntou forças e logo voltou a lutar
Católica fervorosa como Dona Otávia é
Do seu jeito perseverante
Foi seguindo adiante
E mais uma vez ficou de pé
Por serem duas pessoas de luta e de paz
Mãe Vó e Pai Cil nunca desistiram jamais
Para os filhos, transmitiram bons valores
Estes seguiram certo seus ensinamentos
E sem fraquejar um só momento
Viraram grandes batalhadores
Lúcia tem cinco irmãos espalhados pelo Brasil
Seu irmão Mário, este é pra lá de gentil
Casou-se com Guiomar e foi morar na Bahia
Lá virou um honrado fazendeiro
Com a terra ganha dinheiro
Nela trabalha todo dia
Sérvula é sua irmã companheira
Uma mulher pra lá de guerreira
Que as dificuldades da vida conseguiu superar
Uma mãe um pouco rigorosa
Também pra lá de amorosa
Com Lúcia, esta nunca veio a faltar
Maria do Carmo, a baixinha, mora no Maranhão
O contato direto não existe mais não
Por isso, às vezes, a saudade vem à porta bater
Como Lúcia não liga e nem tem rede social
O contato com sua irmã fica mal
Mas o amor sempre vai permanecer
Gachita, que ainda mora na Maravilha
Há pouco passou um sofrimento com sua filha
As duas lutaram contra um câncer com fé
E através de orações com fervor
Deus com muito amor
Fez Rejane novamente ficar de pé
Outro irmão que mora na Bahia é Sinval
Sujeito bacana, fora do normal
Muitos anos da sua vida foi caminhoneiro
E foi dirigindo o seu caminhão
Que conheceu nosso Brasilzão
E assim começou a ganhar dinheiro
Quando jovem, Lúcia veio estudar em João Pessoa
Uma terra muito bonita e de gente boa
Fez o ensino médio no Liceu
Como era uma aluna aplicada
Nunca foi reprovada
Isso nunca lhe aconteceu
Depois estudou psicologia no Unipê
E através de Marize, Eraldo, ela veio conhecer
Encantado com Lúcia, começou a lhe paquerar
Um sujeito insistente
Pra lá de persistente
Queria de todo jeito lhe namorar
Lúcia cedeu as investidas e com Eraldo foi casar
Com ele, uma família inventou de formar
Três filhos nasceram dessa união
E ela com todo seu conhecimento
Esteve com eles a todo momento
Fazendo deles excelentes cidadãos
Rebeca foi a primeira filha a nascer
E alegria ao lar, logo tratou de trazer
Essa gosta mesmo do que faz
É uma mãe dedicada
Profissional determinada
Que trabalha um tanto até demais
Camila foi a segunda descendente
Hoje é uma enfermeira pra lá de competente
Sabe tratar os pacientes com educação
E é trabalhando com seriedade
Que ela mostra sua boa vontade
E seu enorme coração
Eraldo Filho foi o descendente derradeiro
Um sujeito legal e bastante verdadeiro
Que é jornalista por formação
No bairro é bastante conhecido
Por quase todos é querido
Tem boa aceitação
Rafael é o seu primeiro neto
Um jovem calado, pouco quieto
Mas que tem grande determinação
Inventou de peso perder
Tratou logo de emagrecer
E virou adepto da malhação
Davi foi o segundo neto a nascer
O pequenino, bagunça adora fazer
Um garoto que é demais inteligente
Adora ir pra escolinha
Lá faz muitos coleguinhas
E deixa todo mundo sorridente
Lúcia tem grande amor por seus sobrinhos
E todos eles, por ela, têm grande carinho
Guiomar lembra o primeiro sutiã que ganhou
A menina que virava adolescente
De um sutiã precisava urgentemente
E tia Lúcia um logo lhe arrumou
Baby e Amália, com ela sempre andavam
Os fins de semana em Cabedelo passavam
Esperavam, pela sexta-feira, ansiosamente
E no dia da semana mais esperado
Aquele dia por demais aguardado
Iam à praia com sua tia alegremente
Wellington era o sobrinho mais festeiro
Cabra bom e por demais forrozeiro
Quando jovem, gostava de Mangabeira
Lá um forró, ele dançava
E quando briga arrumava
Ia pra casa de Tia Lúcia nas “carreira”
Zé Carlos é um cara de bom coração
Que com tia Lúcia já teve até discussão
Mas, graças a Deus, está tudo em paz
Nunca mais houve desentendimento
Hoje, entre os dois só há divertimento
Nas festas que a família faz
Marcos Formiga é um sobrinho querido
E por Mãe Vó também é preferido
Patriarca da família, hoje ele é
Por ser um pai que se dedica demais
E primo que não falta jamais
É um cabra que sempre botamos fé
Ajudou tia Lúcia quando ela mais precisou
Uma dívida com a Caixa, ele até liquidou
Ainda hoje, a família dela, continua a ajudar
Um anjo da guarda é considerado
Pois é um ser bastante iluminado
Que a sua estrela sempre irá brilhar
Hoje, de Eraldo Gadelha, ela se separou
Mas o carinho por seus sobrinhos, isso continuou
Quando se encontram tem é muita satisfação
Pense numa galera arretada
Que é pra lá de animada
É esses Gadelhas da nova geração
A cunhada que ela mais gostava era Enilda Maria
Uma grande lutadora e excelente companhia
Quando Loira a nossa casa ia, era só satisfação
Enquanto elas conversavam
Uma cerveja gelada tomavam
Pense numa bela e saudosa recordação
Lúcia é uma baita de mulher esforçada
Uma mãe, tia e avó demais admirada
Com Mãe Vó e Pai Cil aprendeu os valores da vida
E com estes valores seguindo
Ela vai é conseguindo
Ser por todos sempre querida
E para os versos finalizar
Um desejo queria manifestar
Deus, você que tem a suprema caridade
Com a força da oração
Peço de coração
Conceda a Dona Lúcia a plena eternidade