SOU NEGRO
Sou negro,
Forjado do bronze e do aço dos grilhões,
Negro das minas e das madeiras,
Da prata e do ouro,
Dos campos de gado,
Negro das fazendas cafeeiras.
Hoje negro liberto,
Sem jamais esquecer de quem a vida perdeu,
Ao acreditar na tao sonhada liberdade,
Por tal, padeceu do feitor a maldade,
Negro, que de sua história,
Hoje inda chora,
Lágrimas nos olhos agora...
Negro, com orgulho mas chora...
Gomes