Nossos nomes principiam nas palmas de nossas mãos.(EC)
Desde o começo eu me encantei com ela. Ou fui encantada por ela. Tudo começou pelo nome que ela carrega cheia de orgulho e que é o meu também. Nome que tem a inicial escrita nas palmas de nossas mãos e que também é o gentílico de nossa essência. Viemos de lugares diferentes, mas ambas serranas e certamente nunca aprenderemos a viver sem eles – os morros que nos cercam e aconchegam. Ler o que ela escreve é sentir-se em casa. Como se estivéssemos em uma cozinha onde o fogão de lenha é o soberano. Mas como boas contadoras de história, não custa imaginar. As achas avermelhadas contando histórias de assombração nas noites frias e aquecendo o bule esmaltado de café na chapa de ferro que de tão limpinha brilha. Na mesa de madeira uma gamela com pães de queijo e broas. E lá fora, no silêncio que pausa nossas histórias, o tropel. É o cavaleiro da meia noite em sua passagem diária para acordar os sonhos. Quem sabe essa não será sua ultima viagem, quem sabe ele não irá pedir pouso na Fazenda da Zagaia, de onde nunca mais retornará? Quem sabe hoje não será o Cavaleiro da Meia Noite que vai paralisar nossas conversas, mas o som do berrante anunciando a boiada em disparada? Quem sabe? Quem? Eu só sei que seja lá qual for o som que ouvirmos faremos um grande silêncio e sairemos pé ante pé para o quarto onde dormiremos com as cabeças cobertas.
Imaginem amigos encantistas um lugar longe, longe, longe...de quase tudo. É o nosso lugar, nosso esconderijo. Um lugar de onde o corpo pode se ausentar, mas não o Espírito. Um lugar que se multiplica em muitos, escondido nos cafundós das Serras da Mantiqueira e da Canastra. Eu e ela somos como irmãs pois temos a mesma origem. Nela me reconheço quando fala das mesmas coisas que eu também poderia falar.Nossas histórias podem não ser as mesmas, mas certamente podem se confundir.
Penso que todos já sabem quem é a minha amiga oculta. Eu gostei que o nome dela saísse para mim. Muito. E vai ser um prazer escrever aqui o seu nome. Ela é, ela é, ela é, como eu, a Maria Mineira.
Desde o começo eu me encantei com ela. Ou fui encantada por ela. Tudo começou pelo nome que ela carrega cheia de orgulho e que é o meu também. Nome que tem a inicial escrita nas palmas de nossas mãos e que também é o gentílico de nossa essência. Viemos de lugares diferentes, mas ambas serranas e certamente nunca aprenderemos a viver sem eles – os morros que nos cercam e aconchegam. Ler o que ela escreve é sentir-se em casa. Como se estivéssemos em uma cozinha onde o fogão de lenha é o soberano. Mas como boas contadoras de história, não custa imaginar. As achas avermelhadas contando histórias de assombração nas noites frias e aquecendo o bule esmaltado de café na chapa de ferro que de tão limpinha brilha. Na mesa de madeira uma gamela com pães de queijo e broas. E lá fora, no silêncio que pausa nossas histórias, o tropel. É o cavaleiro da meia noite em sua passagem diária para acordar os sonhos. Quem sabe essa não será sua ultima viagem, quem sabe ele não irá pedir pouso na Fazenda da Zagaia, de onde nunca mais retornará? Quem sabe hoje não será o Cavaleiro da Meia Noite que vai paralisar nossas conversas, mas o som do berrante anunciando a boiada em disparada? Quem sabe? Quem? Eu só sei que seja lá qual for o som que ouvirmos faremos um grande silêncio e sairemos pé ante pé para o quarto onde dormiremos com as cabeças cobertas.
Imaginem amigos encantistas um lugar longe, longe, longe...de quase tudo. É o nosso lugar, nosso esconderijo. Um lugar de onde o corpo pode se ausentar, mas não o Espírito. Um lugar que se multiplica em muitos, escondido nos cafundós das Serras da Mantiqueira e da Canastra. Eu e ela somos como irmãs pois temos a mesma origem. Nela me reconheço quando fala das mesmas coisas que eu também poderia falar.Nossas histórias podem não ser as mesmas, mas certamente podem se confundir.
Penso que todos já sabem quem é a minha amiga oculta. Eu gostei que o nome dela saísse para mim. Muito. E vai ser um prazer escrever aqui o seu nome. Ela é, ela é, ela é, como eu, a Maria Mineira.