O ARDIL DE BOSCO BARRETO
BOSCO BARRETO EX-SENADOR DA REPUBLICA, ADVOGADO DE MINHA TERRA
(Im memória)
BOSCO BARRETO EX-SENADOR DA REPUBLICA, ADVOGADO DE MINHA TERRA
(Im memória)
Zé socó era um caboclo que morava no baixo meretrício em Cajazeiras e vivia do oficio de soleiro. Daí sobreveio seu apelido o qual odiava de morte. Não gostava de ser apelidado por Socó Soleiro no que rapidamente ganhou a fama pelo apelido e meia dúzia de intrigados resultados de brigas em conseqüência da designação. Perto de Socó morava João Fernandes um alemão de estatura elevada que mesmo sabendo de que Zé odiava o apelido fazia questão de chamá-lo por Socó Soleiro.
Zé já nem respondia ao vizinho e de cara fechada agüentou a humilhação verbal por dez anos até o dia que cansado e vendo que o outro não mudava a atitude pois lhe fim a vida com várias facadas ao ser mais uma e pela ultima vez chamado de Socé Soleiro.
Zé foi preso e levado a julgamento. No grande dia pela força da imprensa e por Alemão gozar de forte influencia na cidade o Fórum Ferreira Junior ficou lotado.
No Banco dos réus, sentava-se José Pereira vulgo Socó Soleiro; tendo como seu defensor o nobre Advogado Bosco Barreto que dificilmente pelo desenrolar dos fatos conseguiria livrar José Pereira. Essa era a opinião de todos.
...
Seguia o júri e em dado momento a palavra foi passada a acusação e o ilustre Promotor Publico, também de saudosa memora o Doutor Firmino Gayoso preparou-se para iniciar a acusação. Foi quando Doutor Bosco Barreto se levantou de sua cadeira e chamou em alta voz de forma que todos ali no recinto pudessem ouvi-lo.
- Ilustríssimo Doutor Promotor de Justiça.
Chamou-o pelo nome e calou-se ao tempo que Doutor Firmino silenciando lançou um olhar para Doutor Bosco a fim de entender aquela intervenção. Como Bosco Barreto silênciou, então Doutor Firmino abriu o processo e iniciou a leitura da parte que julgava interessante. Foi quando Doutor Bosco Barreto se ergueu e o chamou em voz ainda mais alta.
- Nobre e Digno Promotor de Justiça Doutor Firmino Gayoso.
Chamou e voltou a se sentar silenciando.
O Promotor com cara de espanto e tendo parado a leitura o olhou com cara de poucos amigos mas como Bosco Barreto estava sentado. Olhou para o Juiz como a pedir para continuar sua leitura e prosseguiu,
- Senhor Juiz, Senhores membros do corpo...
Pela terceira vez Doutor Bosco ficando de pé o interrompeu.
- Alto, honorável e digno Promotor desta Comarca.
Da mesma forma calou-se após chamar o promotor que irritado explodiu.
- NÃO É POSSIVEL EMINENTE JUIZ O NOBRE ADVOGADO SÓ PODE ESTÁ COM CHACOTA. ME DESRESPEITANDO E DESREIPEITANDO ESTA CORTE. REQUEIRO PROVIDENCIAS QUANTO AS INTERRUPÇÕES DA DEFESA.
Antes do Juiz falar Bosco Barreto ficou de pé se dirigiu a frente do Juiz Presidente e explicou calmamente a sorrir.
- Está vendo Vossa Excelência, estão vendo corpo de jurados. Por três vezes eu chamei Doutor Firmino pelos adjetivos de ilustre, alto, honorável, digno, e só por um instante e ele explodiu deste jeito sem gostar. Então imaginem vocês, senhores jurados! Douto Juiz de Direito a situação de Socó Soleiro por dez anos tendo que ouvir este infame apelido...
Evidente que eu não precisaria lhes narrar mais nada. Socó foi absolvido por sete votos a zero depois deste ardil do saudoso advogado.
Zé já nem respondia ao vizinho e de cara fechada agüentou a humilhação verbal por dez anos até o dia que cansado e vendo que o outro não mudava a atitude pois lhe fim a vida com várias facadas ao ser mais uma e pela ultima vez chamado de Socé Soleiro.
Zé foi preso e levado a julgamento. No grande dia pela força da imprensa e por Alemão gozar de forte influencia na cidade o Fórum Ferreira Junior ficou lotado.
No Banco dos réus, sentava-se José Pereira vulgo Socó Soleiro; tendo como seu defensor o nobre Advogado Bosco Barreto que dificilmente pelo desenrolar dos fatos conseguiria livrar José Pereira. Essa era a opinião de todos.
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Seguia o júri e em dado momento a palavra foi passada a acusação e o ilustre Promotor Publico, também de saudosa memora o Doutor Firmino Gayoso preparou-se para iniciar a acusação. Foi quando Doutor Bosco Barreto se levantou de sua cadeira e chamou em alta voz de forma que todos ali no recinto pudessem ouvi-lo.
- Ilustríssimo Doutor Promotor de Justiça.
Chamou-o pelo nome e calou-se ao tempo que Doutor Firmino silenciando lançou um olhar para Doutor Bosco a fim de entender aquela intervenção. Como Bosco Barreto silênciou, então Doutor Firmino abriu o processo e iniciou a leitura da parte que julgava interessante. Foi quando Doutor Bosco Barreto se ergueu e o chamou em voz ainda mais alta.
- Nobre e Digno Promotor de Justiça Doutor Firmino Gayoso.
Chamou e voltou a se sentar silenciando.
O Promotor com cara de espanto e tendo parado a leitura o olhou com cara de poucos amigos mas como Bosco Barreto estava sentado. Olhou para o Juiz como a pedir para continuar sua leitura e prosseguiu,
- Senhor Juiz, Senhores membros do corpo...
Pela terceira vez Doutor Bosco ficando de pé o interrompeu.
- Alto, honorável e digno Promotor desta Comarca.
Da mesma forma calou-se após chamar o promotor que irritado explodiu.
- NÃO É POSSIVEL EMINENTE JUIZ O NOBRE ADVOGADO SÓ PODE ESTÁ COM CHACOTA. ME DESRESPEITANDO E DESREIPEITANDO ESTA CORTE. REQUEIRO PROVIDENCIAS QUANTO AS INTERRUPÇÕES DA DEFESA.
Antes do Juiz falar Bosco Barreto ficou de pé se dirigiu a frente do Juiz Presidente e explicou calmamente a sorrir.
- Está vendo Vossa Excelência, estão vendo corpo de jurados. Por três vezes eu chamei Doutor Firmino pelos adjetivos de ilustre, alto, honorável, digno, e só por um instante e ele explodiu deste jeito sem gostar. Então imaginem vocês, senhores jurados! Douto Juiz de Direito a situação de Socó Soleiro por dez anos tendo que ouvir este infame apelido...
Evidente que eu não precisaria lhes narrar mais nada. Socó foi absolvido por sete votos a zero depois deste ardil do saudoso advogado.