Homenagem a um bicho-gente



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À minha alegria, médica, enfermeira, amiga e companheira

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Não tem nada a ver com a coruja o que vou contar.

Estive em repouso por ordem médica, após uma pequena cirurgia..
Estando na cama, ela pos as patas sobre meu braço e insistiu em alguma coisa, emitindo um som estranho.
Chamei o menino que cuidava do jardim e pedi que a colocasse junto a mim.
Meu braço estava agora sobre o plexo solar e ela continuou com o pedido, como se puxasse minha mão, deixando-me aflita; tirei a mão de onde estava e coloquei o braço junto ao meu corpo.

Ela, depressa colocou a cabeça sobre a minha mão, olhou para mim como se dissesse:

Eu estou aqui!

Pos as duas patas sobre o meu braço e aquietou-se . Chorei quietinha, como uma pingueira no beiral.


E a Yara - Dona Coruja – como diz um bom amigo – pode descansar