QUE BOM QUE ESTÁS AQUI
Li nas páginas do Diário da Manhã que Teresa Cunha está em Pelotas, o que me deixou muito contente, pela expectativa que gera.
Sou fã de Teresa. Lia seus artigos antes de vir para este jornal. Começava a leitura do Diário da Manhã pela sua coluna. Adoro sua maneira de escrever. Chamava à atenção a sensibilidade sempre transparente e, é óbvio, a indignação, ambas sempre presentes, principalmente quando o assunto envolvia crianças, carências, agressões à natureza, o Laranjal (que tanto ama e para o qual desejava retornar), a corrupção e a política.
Concordava com ela na maioria das vezes. Outras, a achava incisiva demais, mas o que mais me comovia era a sua franqueza ao falar de seus problemas. Corajosa e digna.
Quando comecei a escrever com freqüência para o jornal, cheguei a cogitar de enviar meus textos para sua apreciação. Até seu e-mail consegui, mas desisti de fazê-lo por dois motivos: o primeiro para não importuna-la e o segundo, temerosa de uma avaliação negativa.
Lamentei quando se mudou para a capital federal, por não a ter mais no nosso jornal, mas compreendi sua decisão, pois as oportunidades de trabalho não podem ser desperdiçadas.
Ao escrever este texto, pensei em saudá-la pelo retorno, mas desisti , mudando o título, pois creio que por melhor que tenha sido a oportunidade de trabalhar fora daqui, em situação diferente daquela de um articulista de jornal, em uma assessoria pessoal ou institucional e do reconhecimento que possa ter recebido pela sua notória capacidade, creio que ela sempre esteve aqui, em pensamento, coração e lembranças. Imagino que todo dia ao fazer o trajeto de trabalho, não deixava de pensar no seu Laranjal (onde também estou pensando em ficar) no calmo amanhecer e belo cair de tarde, nas suas figueiras frondosas, sob as quais desejaria estar acolhida (ou pelo menos, assim se sentir) para fugir da selva que se constitui o ambiente profissional competitivo dos grandes centros.
Bem o que importa é que Teresa está aqui, espero que feliz, e eu aguardo ansiosa a leitura de suas crônicas.
Na era do jornalismo digital, quem sabe um blog, de imediato, para que possamos acompanhar sua opinião sobre os mais diversos assuntos do cotidiano ou sobre o que desejar e sentir necessidade de falar.
Nós, seus fãs agradeceríamos. Por isto, direto para ela, eu digo:
-Bom Descanso e... Bom trabalho!