A poesia não serve pra nada
A poesia não serve pra nada
A poesia não serve
A poesia não serve pra nada
A poesia não serve
A poesia nem beija
A poesia nem sara
Só silva,
rara.
Selva e água.
A poesia medra
mina, prata.
A poesia não serve pra nada.
A poesia assombra
A poesia assanha o cabelo das coisas
A poesia só cena
( açucena assassina desarvorada)
A poesia não serve pra nada.
A poesia nada
A poesia nódoa
A poesia só surta
(Kama Sutra)
A poesia não tem açúcar
A poesia sulca
A poesia arde
A poesia poesia
A poesia me ceva
a poesia me sorve
e serve-me de sobremesa
a poesia me serve
a poesia me salva
Raimundo Cassiano Ferraz
A poesia não serve pra nada
A poesia não serve
A poesia não serve pra nada
A poesia não serve
A poesia nem beija
A poesia nem sara
Só silva,
rara.
Selva e água.
A poesia medra
mina, prata.
A poesia não serve pra nada.
A poesia assombra
A poesia assanha o cabelo das coisas
A poesia só cena
( açucena assassina desarvorada)
A poesia não serve pra nada.
A poesia nada
A poesia nódoa
A poesia só surta
(Kama Sutra)
A poesia não tem açúcar
A poesia sulca
A poesia arde
A poesia poesia
A poesia me ceva
a poesia me sorve
e serve-me de sobremesa
a poesia me serve
a poesia me salva
Raimundo Cassiano Ferraz