Minha pequena Chu
Falo, sinto, escrevo sobre o amor, e nunca falei sobre uma serzinha que me ama de um jeito especial. Minha pequena Chu.
Eu estava muito doente, nem forças de teclar eu tinha e ela apareceu, alguém deixou portão aberto e ela entrou no meu quarto. Pequena, nem latia ainda e sinceramente, por ter perdido alguns animais, não aceitei, não quis, mas ela já tinha me escolhido. Meu filho e o pai, alimentava, dava água e ao me ver ela pulava, abanava o rabinho, fazia festa, até que um dia eu deixei ela o dia todo sem alimento, sem nada ( isso me dói lembrar) e a noite quando sai para ir ao hospital, lá estava ela , me olhando como pedindo para eu ficar bem, voltar...
Fui e na recepção do hospital falando com meu cunhado, decidi que ela ficaria aqui, o que ele foi contra sabendo de toda minha história com animais que sinceramente não foi muito feliz. No outro dia pedi que a levassem para tosar, dar banho e logo marquei veterinário para vacinas.
O nome? Meu filho escolhia todos que começava com Ju e ao marcar consulta eu falei que se chamava Ju até o nome ser completado e na hora de ela ser atendida, estava na ficha, Chu e assim ficou.
Três anos se passaram e nunca em nenhum dia me arrependi de te-la adotado, é um encanto, doce, educada, jamais entra em um lugar sem ser chamada, vou com ela ao mercado e ela me espera na porta. Tem quase um ritual, se ela pula em mim, quer carinho, se pula e se joga na porta , quer sair, e se pula e roda quer comida, sem falar que temos uma sintonia que quem tem animal sabe do que falo, é algo de sentir, perceber, ler nos olhos.
Um amor silencioso, sem palavras, mas que está lá, no olhar, nos gestos, no coração.