Para a minha chuva
Chuva, que momento eterno
Sua eternidade que dura um instante
Beleza eterna, mar de agonia
Mostre tudo o que puder
Mostre a queda de suas graciosas águas
Mostre a queda da destruição de suas afiadas gotas
Que podem fazer bem, podem fazer mal...Depende apenas de seu humor
Você pode enxer o espaço, pode destruir o mundo com apenas seu toque
Para que tirar o Sol do céu quando ele nos habilita a ver-te melhor?
Não poderia viver sem você, não aguentaria
Mas será que um dia deixarei de presenciar sua graça?
Você partirá ou eu partirei antes? Ou partiremos no mesmo instante?
Aprecio poder molhar-me com tuas lágrimas, pois sei que choras com certeza
Aprecio você querer dividir tua dor e tua divina beleza comigo
Eu poderia considerar você como um conjunto de lágrimas, mas não o farei
Pois nem as lágrimas conseguem passar o que você passa...
Elas passam tristeza, alegria, espanto...
Você passa beleza, frieza, toque...Um toque que realmente se sente
Não é como o macio toque da pele, mas é um toque explêndido
Pena que ultimamente suas águas têm estado meio cinzas...
Seria essa a manifestação de sua revolta? Sua tristeza?
Ou seria apenas as inadequadas consequências de nossos atos?
É, isso é bem mais provável...Então peço-lhe desculpas...
Desculpe-me por estragar tua beleza, desculpe-me por tirar teu divino sossego
Poderia tocar minha face novamente? Não quero perder-te mais do que já perdi...
Tenho medo, mas peço-lhe que...Bem...
Chuva, poderias mostrar a mim e ao mundo suas puras águas novamente,
Levando-nos a uma divina sensação, que só ocorre quando vemos o arco-íris,
Um resultado de sua magnitude?