CAÇADOR DE LUAS DE PAPEL
Ao amigo Poeta da Solidão Eurípedes Balsa Melo
Habita o silêncio
caçador de luas
tua hora calma
peleja sobre teus versos
sofre sofre sofre
ao ver os mendigos
ao sentir o aroma estranho
a lama das periferias
a hipocrisia dos fétidos banheiros
chora por dentro tua paz perturbadora
miséria oculta dos poetas
essa ausência de brandura
acontecimento esquecido
acorde nunca executado
toada antiga
neta de desconhecidos
erra todos os sentidos
erra erra erra
à frase perdida
põe reticências
não solicita velações e vigílias
ouve apenas teus (ab)surdos
a face ao longe é nada é ninguém
foi teu solilóquio delirando
solidão dos incompreendidos
fere a superfície com teu lápis
fere fere fere
sua, vida miraculosa
chamando chamando
galopando
correndo
chorando
violentando
são teus olhos
apenas teus olhos
velejando um barco de papel
esse redemoinho
essa rede moinho
é a palavra PASSA
metade explosão metade deslizamento
engolindo teu batel
pertina com teu lápis
singra singra singra
tua hora calma
febril
errante
dor vencida
respirante míngua
ama essa chama
falha com o poema
sangra a face ao longe
veste mais solidões
põe teu lápis no papel de seda
sangra sangra sangra
AGORA, LEIA DE BAIXO PARA CIMA.
Rabiscado por Andarilha descalça
http://www.facesdemim.blogger.com.br/2007_07_01_archive.html
Ao amigo Poeta da Solidão Eurípedes Balsa Melo
Habita o silêncio
caçador de luas
tua hora calma
peleja sobre teus versos
sofre sofre sofre
ao ver os mendigos
ao sentir o aroma estranho
a lama das periferias
a hipocrisia dos fétidos banheiros
chora por dentro tua paz perturbadora
miséria oculta dos poetas
essa ausência de brandura
acontecimento esquecido
acorde nunca executado
toada antiga
neta de desconhecidos
erra todos os sentidos
erra erra erra
à frase perdida
põe reticências
não solicita velações e vigílias
ouve apenas teus (ab)surdos
a face ao longe é nada é ninguém
foi teu solilóquio delirando
solidão dos incompreendidos
fere a superfície com teu lápis
fere fere fere
sua, vida miraculosa
chamando chamando
galopando
correndo
chorando
violentando
são teus olhos
apenas teus olhos
velejando um barco de papel
esse redemoinho
essa rede moinho
é a palavra PASSA
metade explosão metade deslizamento
engolindo teu batel
pertina com teu lápis
singra singra singra
tua hora calma
febril
errante
dor vencida
respirante míngua
ama essa chama
falha com o poema
sangra a face ao longe
veste mais solidões
põe teu lápis no papel de seda
sangra sangra sangra
AGORA, LEIA DE BAIXO PARA CIMA.
Rabiscado por Andarilha descalça
http://www.facesdemim.blogger.com.br/2007_07_01_archive.html