POEMA A DORIVAL CAYMME
Cortando as ondas da água,
Lá vai o barquinho errante,
Dos homens a procurar
Sob a linha do horizonte,
Vagueia o barco andante,
Catando os frutos do mar.
Em um recanto a observar
Só a sua estatua ficou.
Prenuncio das belas canções,
Pros homens do mar criou,
Às ondas do mar cantou
E enfeitiçou os corações.
Nas diversas soluções,
À colônia de pescadores,
Lá bem pertinho do forte,
Recanto de seus amores,
Dos crustáceos os olores,
A visão rumo ao norte.
Seguro em seu aporte
Eis o Mestre Dorival
Caymme, voz inconfundível.
Cá na terra, não há igual.
A rede seu bem primordial.
Que aos anjos seja aprazível.
Rio, 13/06/2009
Feitosa dos santos