Ao grande Poetinha, uma poesia

Poetinha

Ah! Seus amores eternos

eternos de vida toda não

eternos enquanto durem

das mocinhas, meretrizes

do copo

da amizade

Ah poetinha... Quem tu eras de verdade?

Tua alma poeta decifro

releio decifro de novo

e se relesse mil vezes veria

que sempre eres um poeta novo

Se amo, tu amas também

Se choro me ensinas além

É poeta! Quanta mocidade!

Dentre todas as mulheres

só amou uma de verdade:

A alma feminina.

Essa grande fêmea feroz

dubia, secreta

acaricia, derruba

faz morrer, faz chorar

e docemente ensina

que não há controle

ou a segue, ou se perde

não há viela, saída.

Ele a seguia intenso

fiel, sincero, amante

vivia da furtiva paixão

que borbulha o corpo

faz jorrar solidão, ao fim.

Poetinha, Poetinha

inspiras a todos, a mim

se te excedes, justifico

- Amava demais esse poeta.

Ele era o amor primitivo e não sabia.

ou sabia?

Quem eres tu Vinícius?

Tati Nantes
Enviado por Tati Nantes em 31/05/2009
Código do texto: T1624020
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