Ao grande Poetinha, uma poesia
Poetinha
Ah! Seus amores eternos
eternos de vida toda não
eternos enquanto durem
das mocinhas, meretrizes
do copo
da amizade
Ah poetinha... Quem tu eras de verdade?
Tua alma poeta decifro
releio decifro de novo
e se relesse mil vezes veria
que sempre eres um poeta novo
Se amo, tu amas também
Se choro me ensinas além
É poeta! Quanta mocidade!
Dentre todas as mulheres
só amou uma de verdade:
A alma feminina.
Essa grande fêmea feroz
dubia, secreta
acaricia, derruba
faz morrer, faz chorar
e docemente ensina
que não há controle
ou a segue, ou se perde
não há viela, saída.
Ele a seguia intenso
fiel, sincero, amante
vivia da furtiva paixão
que borbulha o corpo
faz jorrar solidão, ao fim.
Poetinha, Poetinha
inspiras a todos, a mim
se te excedes, justifico
- Amava demais esse poeta.
Ele era o amor primitivo e não sabia.
ou sabia?
Quem eres tu Vinícius?