"VINTE E OITO, QUATRO, ZERO DOIS"
“Vinte e oito, quatro, zero dois
Nesse dia, nesse mês e nesse ano
O fato que se deu foi divisando
Nossa vida, num antes e depois...”
Hoje, sete anos depois, venho relembrar:
“Era abril de 2002...
Aqui(*) eu me aportava, apoderado por uma expectativa juvenil de reencontrar o meu amor, há pouco conhecido...
Na cabeça pululavam preocupações com as reticências e exclamações contidas no longo discurso, mental e meticulosamente elaborado...
Tudo que foi, imediatamente (à visão de ti), deletado para libertar espaço na memória, suficiente para registrar, com toda a riqueza de detalhes, a agudez e as nuanças do brilho ofuscante de teus olhos lindos...
De longe vindo, chegastes antes...
Sentada te encontrei naquela cadeira, que a memória já a acimentou no mesmo lugar, para que a eternidade jamais dali a remova...
O primeiro abraço, primeiro beijo... o taxi para o hotel... o irresistido e furtivo toque em teu seio direito...
Outro beijo, que aos outros todos se ajuntaram, escrevendo uma história...
A nossa história, madura, maravilhosa e longa...
Que a janela deste retalho de lembranças não dá conta de externar, condignamente...
Como a lembrança é a porta da saudade, ela, agora, aqui, a me cutucar...
Retornei em busca de tua presença, mas a cadeira teimosamente se mantinha vazia...
E o vazio em mim, ainda outra vez, me impôs o retorno em vão ao local, em busca de resquícios de teu perfume...
Que de ali se dispersou, mas que aqui, no lado esquerdo da alma, reforça a fragrância da saudade...
Saudade de ti...
Ludy: eu te amo...
Bjs”
(*) "Aqui", era o aeroporto de Brasília, onde estava (em 15/06/2007) quando redigi a Crônica (e a publiquei aqui no Recanto, sob o título “AMOR no CAOS AÉREO”), que ora a reproduzo, em parte. 090428-22h