ADEUS, MENINA-FLOR, ADEUS!
Dia 2 de novembro -Finados
(aos meus saudosos e à menina desconhecida a quem poetei estes versos em 1988. Hoje, 2008, ainda menina...)
Não sabia seu nome,
eu nem sequer a conhecia,
mas estava ali, olhando você,
deitada em sua cama de flores,
como flor a despontar entre as flores,
Todas vocês sem vida!
Mas que flor era você,
que tristes lamentos dos peitos arrancava,
enquanto das outras se esqueciam,
e por elas não havia um chorar?
E das pessoas eu ouvia
que bela flor era antes de ser colhida!
E muitas vidas viviam por você:
vida de amor, vida de mãe,
vida que nem se formou.
Mas não eram vidas, eram sonhos.
Sonhos que projetava o íntimo do ser
dos que foram adeus lhe dizer.
Flor, vida, sonho: você ontem.
Hoje você é uma saudade imensa,
uma lembrança alegre
que me acena do Eterno.
E, como um manto, sua paz
desce sobre mim.
Quisera saber seu nome, agora,
mas queria tê-la conhecido antes,
para me consolar na saudade,
que poderia sentir de você no seu ontem!
Adeus, Menina-Flor, adeus!
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