“Seus olhos que brilham tanto,
Que prendem tão doce encanto,
Que prendem um casto amor
Onde com rara beleza,
Se esmerou a natureza
Com meiguice e com primor”
Meus olhos são teus olhos
Que brilham para te encantar
Com amor adocicado
Para encantar o teu dia
Trazendo brilho com alegria
“Suas faces purpurinas
De rubras cores divinas
De mago brilho e condão;
Meigas faces que harmonia
Inspira em doce poesia
Ao meu terno coração!”
Sou tua poesia eterna
Minhas faces, tem brilho
Para te inspirar a cada linha
Escrita com amor para mim
Seu coração é meu e o meu é seu.
“Sua boca meiga e breve,
Onde um sorriso de leve
Com doçura se desliza,
Ornando purpúrea cor,
Celestes lábios de amor
Que com neve se harmoniza.”
Minha boca é sua
Que pinto da cor púrpura
A cor do amor que é todo seu
Como gosto de mel
Para adoçar seus lábios.
“Com sua boca mimosa
Solta voz harmoniosa
Que inspira ardente paixão,
Dos lábios de Querubim
Eu quisera ouvir um -sim-
P’ra alívio do coração!
Vem, ó anjo de candura,
Fazer a dita, a ventura
De minh’alma, sem vigor;
Donzela, vem dar-lhe alento,
“Dá-lhe um suspiro de amor!””
Cheguei a ti, a busca de sua boca
Solta e ardente de paixão
Esperando para nos aventurarmos
Nos braços um do outro com paixão
Sou sua donzela e te darei todo
O amor que precisa, para com vigor
Darmos o suspiro final de nosso amor.
_ ASSIS, Machado de, 1839 – 1908_
(Graciela da Cunha – 29/09/08)