À amiga de ontem
O tempo; vezes cura, vezes veneno.
Pudessemos nós termos feito do nosso tempo a solução. O bom da saudade, do carinho à distância, do desejo de estarmos juntas, do relembrar, dos planos, das imagens nítidas em nossa mente como incentivo para que tudo não tivesse chegado ao fim. Ao nada. À poeira que invade o caminho que percorremos, antes juntas; agora sós.
O nosso ontem paira em minha mente como a alegria de sua imagem risonha, de seu carinho, de suas palavras.
Lembro-me saudosa de um tempo que não voltará. A vida não permitirá.
Saudade da amiga de ontem. Da monotonia gostosa do estar ao seu lado.