UM XERENTE
um Xerente
me deu de presente
uma lança pontiaguda
para que enfiasse n´algum inimigo
ou que a colocasse na parede como um amuleto de sorte
Nunca havia falado comigo - sempre passou por mim, me fitava e sorria cordialmente, mas não dizia uma palavra, desconfiado e cabisbaixo, trazia consigo a marca do sofrimento de sua gente;
Um dia quando estava com os trecos em cima do caminhão para fazer a mudança do lugar onde vivia, de súbito ele apareceu com com a lança e me ofertou;
Sempre me lembro dele quando observo a lança que paira acima de minha cabeça enfiada num orifício na parede, pontiaguda e desafiadora;
um Xerente
me deu de presente
uma lança pontiaguda
para que enfiasse n´algum inimigo
ou que a colocasse na parede como um amuleto de sorte
Nunca havia falado comigo - sempre passou por mim, me fitava e sorria cordialmente, mas não dizia uma palavra, desconfiado e cabisbaixo, trazia consigo a marca do sofrimento de sua gente;
Um dia quando estava com os trecos em cima do caminhão para fazer a mudança do lugar onde vivia, de súbito ele apareceu com com a lança e me ofertou;
Sempre me lembro dele quando observo a lança que paira acima de minha cabeça enfiada num orifício na parede, pontiaguda e desafiadora;