‘Jihadista’
No português, não há palavras com o “h” entre vogais. Portanto, a grafia ‘jihadista’ não pode ser defendida (com mais ou menos razões).
Reparem, no entanto, neste título de notícia de um jornalista de escolaridade duvidosa:
"Jihadistas" consolidam controle sobre ampla região na Síria e Iraque
José Mário Costa, responsável editorial do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, escreve:
Desde a reforma ortográfica de 1911 que deixou de haver palavras com o "h" entre vogais. Por isso, passou a escrever-se aí (em vez de ahi), coerente (em vez de coherente), exortar (em vez de exhortar), inibir (em vez deinhibir), proibir (em vez de prohibir), sair (em vez de sahir) – e por aí adiante. Porquê, então, a insistência numa forma ultrapassada há mais de cem anos (ainda por cima, estando já consagrado o aportuguesamento jiade, de “jihad”)?