A Globo não faz lei na língua
A Globo se encarregou de divulgar a palavra “tira-teima”, que nunca existiu na língua portuguesa. E um dicionário (que os incautos consideram a obra-prima da lexicografia brasileira) agasalhou a inépcia. Imaginem: a Globo, a emissora do “Roráima”, a servir de padrão para o estabelecimento de novas ortografias.
Eis uma reflexão a propósito, da autoria de Luiz Antonio Sacconi, em seu artigo «Tira-teima [datado de 7 Dezembro de 2008]» sobre a palavra “tira-teima”: " Por mais que a Globo tenha difundido essa tolice, por mais que um dicionário tenha registrado essa asnice, não farão que a língua portuguesa acolha aquilo que no seu mundo não existe. Os jornalistas brasileiros, no entanto, embarcaram nessa canoa furada. Aliás, eles sempre embarcam…"
É uma pena, lamentamos!, que não existam mais "Sacconis" entre nós, servindo-me de uma frase de David Fares, se a memória me é fiel.
A emissora que invoco não faz lei na língua. Para mim, faz mais o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Acima das investigações linguísticas que busca a originalidade, está o respeito pelos hábitos linguísticos já consagrados dos falantes.
Invoco o que os recantistas e os leitores têm dito sobre o que pensam de mim, para tomar a liberdade de fazer a observação em causa meramente pessoal, pois não faço lei na língua, como sempre D' Silvas Filho afirma.