Sugestões sobre grafias particulares de vocábulos angolanos

Em relação a sugestões sobre grafias particulares de vocábulos angolanos na nossa língua oficial, os linguistas angolanos devem ser sempre ser consultados caso a caso. Em linhas gerais sugiro:

1. Se a consoante é muda e não tem qualquer influência na pronúncia, suprima-se. É o que se recomenda no novo AO em, por exemplo, acionar. Assim, seria corretamente Jinga, Zinga, conforme a pronúncia da consoante inicial.

2. Se, porém, a consoante se pronuncia, acrescente-se um e para marcar essa pronúncia, no caso de a associação com o grafema seguinte não estiver na índole da língua. Seria, por exemplo, em Mebanza, na ideia de que o M se possa pronunciar.

3. Quando se pretende simplesmente seguir uma tradição, usando grafemas que aparentemente não são articulados, ninguém nos impede de escrever a palavra entre aspas altas ou comas: “Njinga” “Nzinga”, nas quais o N seria uma consoante afinal com a função de acentuar uma característica da deusa (coroa, insígnia, influência anasalada da pronúncia da consoante seguinte, etc., que talvez esteja no subconsciente do povo, devendo este ser respeitado). É uma influência semelhante à que preconizo em corrector (que corrige), para distinguir de corretor (intermediário), contra a corrente no AO, que uniformiza corretor. As aspas são um sinal de reserva na índole da língua; e é, por exemplo, o que fazemos em palavras estrangeiras, como “stop”.

Littera Lu
Enviado por Littera Lu em 11/08/2014
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