Nossa língua é (talvez) única no que se refere a dinamismo (termos que caem em desuso). Veja este exemplo...

O (a) amigo (a) leitor sabe (/lembra-se) qual é

mesmo o feminino de RAPAZ ?

Temos (quase) certeza de que a maioria respon-

deria, sem refletir : MOÇA !

E nós, lamentando o equívoco do (a) amigo (a)

leitor (a), diríamos : ERRRRRRRROOOOOOOU !

"Moça" é a forma feminina de MOÇO. O feminino

correspondente a rapaz é RAPARIGA.

Este termo (rapariga), até início do século passa-

do, era usado em caráter até (diríamos) cansativo : poetas e compo-

sitores, em suas produções literárias, sempre o usavam, sempre para

endeusar a figura feminina, como o sentido de pureza. "Ó rapariga que

aparece em meus sonhos / a embalar meus doces sonhos...".

Porém, com a dinâmica que é uma das caracterís-

ticas de nossa língua, o que ocorreu ? Foi deturpado esse sentido e

ele (o termo "rapariga") passou a se consagrar como "mulher de vida

(?) fácil", prostituta.

Hoje, ai daquele (poeta ou apaixonado) que, na

melhor das intenções, tentasse se dirigir à sua amada, à sua musa tra-

tando-a de ...RAPARIGA ! Tapa na cara, dado por ela, seria uma reação

mínima...

É...é brincadeira não a nossa Língua Portuguesa !

pedralis
Enviado por pedralis em 02/08/2014
Código do texto: T4906399
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