A troca de tratamento num mesmo texto

A troca de tratamento num mesmo texto é reprovada nas escolas, todos os professores responsáveis sabem disso; todos os alunos aprendem isso.

Será que os leitores sabem disso? Vamos a ver, baseados no e-mail de Cinthia desta semana:

Boa tarde,

Vi os "seus" comentários sobre a língua portuguesa no site opais.net

Sou brasileira e gostaria de saber se "tens" livros ou artigos sobre a língua portu-guesa publicados, sim?

Sobre a obra de José Carlos de Almeida. "Você" a tem? Eu gostaria de obtê-la, mas não sei onde poderia comprá-la. "Podes" indicar-me onde posso comprá-la? Um site, nome de livraria ou editora?

Pelo que vi nas notícias em alguns sites, pode ser que a obra esteja esgotada. Se isso for verdade, se possível, gostaria de saber se "você" poderia escaneá-la e enviar para mim. Preciso dela para um trabalho acadêmico urgentemente.

No aguardo,

Cinthia.

A jovem brasileira ignora totalmente a forma de tratamento, a ver-se pelo e-mail acima, a mim enviado, no qual ora me trata por VOCÊ, ora por TU. A jovem, então, presta um desserviço à Educação, com esses seus e-mails.

Seria útil que ela explicasse por que na primeira frase me tratou por você e na segunda, por tu. Muitos querem saber, imagino.

Em vez de escrever assim, por que a brasileira em causa não volta aos bancos escolares?

Porquê, ninguém sabe. É um mistério!

Littera Lu
Enviado por Littera Lu em 11/06/2014
Reeditado em 11/06/2014
Código do texto: T4840490
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.