Se a regra gramatical fosse levada em conta, a conjunção adversativa "MAS" não deveria existir...

Por que isso ?

Pelas regras de acentuação vigentes, "acentuam-

se os monossílabos tônicos terminados em "a", "e" e "o", seguidos ou

não de "s" ".

"Mas" (para nós, indevidamente NÃO ACENTUADA)

enquadra-se perfeitamente neste caso. Tanto se enquadra que a mes-ma palavra (que, foneticamente, em nada se diferencia da forma MÁS),

quando é a forma plural de MÁ é acentuada.

E como se deveria resolver tal problema ?

Deixaria de ser usada a forma "mas" (sem acento), passando a existir unicamente a forma - gramaticalmente correta -

"MÁS" (com acento), porém, com dois sentidos / aplicabilidades, a depender do contexto :

(Hipoteticamente) Seria assim :

"Essas vizinhas do 303 são MÁS : não têm o menor constran-

gimento em praticarem todo o tipo de crueldade contra os

animais".

(Neste contexto, "más" teria o mesmo sentido de "cruéis"); e

"Gosto dessas vizinhas do 303, MÁS sei que são meio esqui-

sitas no que se refere ao comportamento com os animais".

(Aqui, "más" teria o mesmo sentido de "porém").

O mesmo procedimento seria aplicado aos pares "da" (prepo-

sição "de" + artigo "a") e dá (forma verbal) : passaria a somente exis-

tir uma única forma : A ACENTUADA.

Realmente, urge uma rápida reflexão, pelos gramáticos, a res-

peito do que é "monossílabo átono" e "monossílabo tônico". Essa alega-

ção de que É O ACENTO QUE DIFERENCIARÁ um do outro faria sentido

TÃO-SOMENTE se a palavra fosse usada apenas na forma ESCRITA. Is-

so porque, quando pronunciamos esses pares de palavras (dá/da, más/

mas, etc), não há a menor possibilidade de se diferenciar o átono do

tônico...ou há ?

pedralis
Enviado por pedralis em 14/10/2013
Código do texto: T4524521
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