Reflexão e Ação 18
Falar sobre a nossa língua portuguesa é tão sedutor, que sempre me dá prazer esse estudo.
Quando foi sancionado o novo acordo ortográfico, muita gente acreditou que a mudança era absurda, todos os acentos das palavras cairíam e a fonética sofreria transformações. Também ficou pouco esclarecido o que seriam as vogais abertas, os ditongos crescentes e etc e tal.
A fim de desmistificar e de facilitar a vida dos Recantistas,afinal de contas a nova ortografia vigora com força total esse ano, entenda o seguinte:
- a mudança foi ortográfica e não fonética (isso quer dizer que a palavra continua com a mesma pronúncia/som de antes).
- Existe uma pequena lista de paroxítonas (penúltima sílaba acentuada) que perdeu o acento, com a nova ortografia. A regra é simples e aplicável. Quando na palavra houver o ditongo, que é o encontro de uma vogal acentuada (A- E- O) com uma semi-vogal não acentuada (I- U), o acento caiu. A nova ortografia fala de ditongo aberto, e entende-se aberto porque abre-se mais a boca para falar. Vale lembrar que a lista, à qual me refiro, contém palavras de pouco uso em nosso dia a dia. Na dúvida, recorra ao dicionário, pois ao excluirmos IDEIA, PLATEIA, ESTREIA GELEIA e JOIA, paroxítonas que perderam o acento agudo, as outras são pouco usadas.
- Os verbos/substantivos perderam o acento quando a vogal dobra: VOO, ZOO, PERDOO, VEEM.
- Nada mudou para verbos indicativos de plural, por exemplo.
Elas TÊM amigos no Recanto das Letras.
Eles VÊM aqui.
- Os acentos diferenciais desapareceram:
PARA: verbo parar
PARA: preposição
POR: verbo
POR: preposição
FÔRMA (de bolo): opcional, se possível, evitá-lo
O trema não é considerado acento gráfico, e ele ficou mantido apenas em palavras de origem estrangeira, exemplo:
Giselle Bündchen
O hífen vai merecer um texto extra, o qual colocarei oportunamente, pois a mudança foi severa.