Reflexão e Ação 11
Escrever bem é dom. Eu acredito nisso plenamente, haja vista que no ensino médio estudamos as escolas literárias em todas as épocas, desde a colonização do Brasil até a contemporaneidade. E em nosso tempo de estudante, lemos os clássicos que nunca saem de moda. Mas, como nem todos possuem a natureza de escrever bem, e, via de regra, precisamos compor textos, como driblar essa inabilidade?
Primeiro, vale lembrar que conhecimento de mundo é sempre
bem-vindo, pois discorrer sobre um assunto do qual se detém algum conceito, é um bom início. Quando me deparo com propostas de produções de textos solicitadas nos vestibulares, entendo que a subjetividade impera na maioria dos exames; sendo assim, afine seu senso crítico, pois o que os examinadores querem ler é se você sabe detectar o problema e apontar a solução ao tema proposto. Todos os assuntos podem ser pauta para uma boa produção de texto, mas elaborar texto coeso e coerente pode ser a pedra no seu sapato.
Gostaria de propor o seguinte: elabore um banco de palavras em um rascunho. Por exemplo, se o tema (e não o título, pois são coisas distintas) for sobre “a influência da mídia na vida dos jovens” crie uma rede semântica que se encaixe a ele. Palavras do tipo: beleza, modelo, padrão, estilo, família, amizade, irmãos, entre outras, estão ligadas aos jovens e à mídia.
A partir do momento que seu léxico foi montado, basta construir os períodos distribuídos entre quatro e oito linhas, por parágrafo, e seu texto está pronto. Parta do princípio de que toda frase precisa dos termos essenciais que são Sujeito e Predicado. Faça períodos na ordem direta, reveze com a ordem indireta e explore a sinonímia, a antonímia, porém não exagere nas figuras de linguagem, caso não saiba usá-las com coesão.
Jamais escreva sobre o que você não tem certeza, ou sobre o que “escutou alguém falar”. Também não vale a pena “enrolar” na tentativa de preencher as linhas. Seja crítico do seu próprio texto. Leia-o,
releia-o, faça alterações, se for o caso, e por último lembre-se: todo texto manuscrito, a ser lido por outrem, precisa estar com a letra legível, pois o seu interlocutor não é farmacêutico.
Abraços.