Reflexão e Ação 7
Concursos e vestibulares, há anos, testam nossas habilidades e competências para interpretar textos e conhecimento gramatical, dentro do próprio texto.
Para uma boa interpretação de texto, deveríamos trilhar o mesmo caminho que analisá-lo e entendê-lo? Minha resposta é NÃO.
Interpretar texto é uma atividade coletiva; analisá-lo e entendê-lo são individuais.
Quando estamos diante de uma prova de concurso público, temos questões de múltipla escolha e não dissertativas. Se para todos os concursantes a alternativa certa precisa ser a da letra “B”, por exemplo, como é que a interpretação pode ser individual, se tenho que chegar à conclusão que meu concorrente chegou, que foi a da letra “B”?
Ledo engano quem acredita que interpretar é “como eu vejo o texto”. O texto tem um fim em si que é o de comunicar/conversar com o seu interlocutor. Todo locutor tem, por detrás de suas bem ou mal traçadas linhas, a intenção comunicativa. A técnica da interpretação é um caminho, às vezes, das pedras. Não é nada fácil pensar com a cabeça do locutor, porém é exatamente isso que precisa ser feito, no momento de responder a qualquer questão de múltipla escolha, na interpretação textual.
A fim de facilitar sua interpretação e chegar à resposta correta, leia o texto várias vezes, se o tempo lhe for suficiente. Elimine da probabilidade de resposta, alternativa com advérbio que denota dúvida, tal como “provavelmente”. Veja se na alternativa não existem vocábulos exagerados, e que apenas fazem o papel de confundir sua resposta. Classifique o gênero textual lido, pois as questões estarão voltadas a esse gênero. Leia, diariamente, tudo o que você gosta e o que precisa para estar atualizado, e esteja por dentro do que acontece a sua volta. Leia texto de ficção, texto baseado em fato, charge, tirinha, out door, manual de instrução e até bula de remédio. Parece tolice sugerir esses gêneros textuais, mas pense o seguinte: “contra fatos, não existem argumentos”.
Abraços.