POR CAMINHOS ENCANTADOS
MOTE
O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
Carlos Drummond de Andrade
O tempo passa? Não passa
por caminhos encantados,
onde o mágico transpassa
sonhos por jovens pautados.
É preciso dar um fim
no abismo do coração.
Valer-me-ei de um Serafim,
cândida é a habitação.
Aventuro-me com raça
em jardins e parques florais.
Lá dentro, perdura a graça
tal qual em lares pastorais.
Num ver e sentir a vida,
com muita luz, emoção
e, por estar comovida
do amor, florindo em canção.