Louro José
Os finados eram amigos, tão finamente afinados, que escapuliram pelos fundos, saíram da vida de fininho.
Onde há pedras, há mãos conjugando o verbo apedrejar na primeira pessoa do singular do modo indicativo.
Engana-se o biólogo / ornitólogo especialista em papagaios, que a espécie Louro José vive 100 anos ou mais.
Diante do paternalismo, ou escravismo estabelecido e plenamente adotado, os pais vendem até o par de dentaduras para dar ao filho aparelho ortodôntico; pois vê-lo sorrindo com os dentes calcificados alinhados, para Eles é a primeira conquista familiar e posteriormente, social.
Com a morte do Louro José, o vidente cartomante José Louro dirá que para morrer, basta estar vivo; já o peta, por sua vez, escreverá que a vida é um sopro.
Em resumo, para caso como o descrito acima, o poeta e cartomante, um escreve e o outro vê o futuro, igualmente nas mesmas coisas.